Tua - O governador civil, Jorge Gomes, garantiu que o perímetro de buscas vai ser alargado ao Rio Douro

O governador civil, Jorge Gomes, garantiu que apesar de o perímetro de buscas ser alargado ao Rio Douro, os elementos que se encontram em trabalho no Tua não irão diminuir: «Vamos reforçar os meios porque a composição caiu a cinco quilómetros da Foz do Tua, na convergência com o Douro, e a corrente do rio, demasiado forte, pode ter arrastado os corpos».
Além do cadáver do revisor, encontrado ainda no Tua, «não há vestígios dos outros dois desaparecidos», daí que o perímetro de buscas tenha sido alargado até ao Douro.
As buscas terminaram esta terça-feira, às 19 horas, uma vez que sem luz é impossível prosseguirem. Mas o governador civil, Jorge Gomes, mostrou-se incansável nos trabalhos que estão a ser operados no local, garantindo que, apesar de as rochas grandes que, nas margens do Tua, impedem a deslocação de botes de borracha, os mergulhadores têm alcançado os locais de mais difícil acesso presos a um helicóptero.
«Estamos a apalpar terreno; é impossível patrulhar as margens de forma normal. Mas isso não nos tem demovido. As famílias das vítimas merecem o nosso trabalho incansável».
O prazo para a conclusão destes trabalhos foi estabelecido para a tarde de quinta-feira, após uma reunião hoje à tarde entre a Protecção Civil, responsáveis autárquicos, o governador civil, a REFER e o Instituto Nacional de Transportes Ferroviários.
A remoção completa da composição é tida pelas autoridades no local como secundária, mas será feita após esta fase, em que o mais importante é «tranquilizar as famílias dos desaparecidos
O acidente registado segunda-feira na Linha do Tua poderá ter sido provocado por um desabamento de pedras, anunciou hoje a REFER - Rede Ferroviária Nacional, garantindo que a via férrea é alvo de intervenções periódicas.
«As primeiras informações apontam para que o acidente tenha sido provocado por um desabamento de pedras sobre a linha», afirma em comunicado a REFER, que já abriu um inquérito interno para apurar as causas do acidente.
A empresa assegura ainda que a Linha do Tua, à semelhança de toda a infra-estrutura da rede ferroviária, é objecto de monitorização e intervenções periódicas de conservação, realizadas directamente pela REFER ou por prestadores de serviços especializados quando são trabalhos específicos ou com exigências especiais.
A composição do Metro de Mirandela ao serviço da CP descarrilou ao fim da tarde de segunda-feira quando fazia a ligação entre o Tua e Mirandela, arrastando os cinco ocupantes por uma ravina com cerca de 60 metros.
A CP anunciou, entretanto, que está a fazer o transbordo rodoviário dos passageiros entre Tua e Brunhed

Fonte: Portugal Diário