sexta-feira, julho 06, 2007

Secretário Geral do PCP visitou ontem a Expodouro


O secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa, aproveitou a visita que fez à Expodouro, em Lamego, na noite de quinta-feira, para lamentar a perda contínua de produtos tradicionais em Portugal.
Jerónimo de Sousa depois de visitar as barraquinhas de produtos tradicionais da Expodouro, que já vai na XX Edição, considerou que o País "não tem condições para deixar perder uma tremenda riqueza - produtos tradicionais - de ânimo leve".
O líder comunista, que é o primeiro dos líderes partidários a visitar o certame este ano, criticou ainda a falta de uma estrutura que permita maior dignidade à Expodouro, referindo-se à falta de um Multiusos que qualquer cidade ou vila já tem.
No entanto, insistiu que "é preciso valorizar" o que o País tem de melhor, incluindo neste lote a Casa do Douro, cujos problemas legais e funcionais "estão a sufocar esta importante instituição para manter os pequenos produtores".
Jerónimo de Sousa apontou ainda baterias ao governo socialista que, disse, está, com as suas "políticas erradas" a "encostar o País ao mar" com o apoio da União Europeia, quando o interior "tem um imenso potencial que está a ser desperdiçado".
"O Governo e a União Europeia acham que o que é razoável é pagar para destruir, para deixar de produzir, levando a que Portugal seja hoje um país encostado ao mar e com o seu interior cada vez mais desertificado", acentuou.
No périplo pelas barraquinhas tradicionais, Jerónimo foi "depenicando" aqui e ali mas, no fim, sem titubear, elegeu a broa de milho como "o produto que merece o prémio", apesar de sublinhar ser o seu gosto pessoal.
Entretanto, para o director da Expodouro, António Garcia, que subscreve as críticas do líder comunista, ao ter afirmado faltar dignidade ao local, o problema passa pela falta de apoios institucionais.
E lembrou que o certame começou com um apoio de cerca de 250 mil euros da autarquia de Lamego e que hoje esse apoio se resume a 50 mil.
No entanto, com uma aposta clara na aproximação à região galega de Ourense, António Garcia entende que esta mostra tem pernas para andar, embora o actual perfil vá ser alterado já para 2008, com uma adaptação à nova realidade.

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