A campanha da região do Douro a «Maravilha da Natureza» é apresentada terça-feira, na Régua, depois de, em Dezembro, a Associação de Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR) ter oficializado a candidatura que coloca este vale entre os 150 nomeados aquele título.
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, associa-se à iniciativa ao participar na conferência de imprensa, a decorrer às 15h00, no salão nobre do Instituto Português de Transportes Marítimos (IPTM), no Peso da Régua.
Em Dezembro, a AETUR oficializou a candidatura «Douro - Maravilha da Natureza», uma iniciativa que conta com o apoio institucional dos governos civis de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu, que integram o território do Douro Património Mundial da Humanidade, distinção atribuída em 2001 pela UNESCO.
Depois da eleição das Novas Sete Maravilhas do Mundo, a «New Seven Wonders Foundation» lançou o novo desafio de eleger as Maravilhas da Natureza.
«Achamos que a candidatura a mais esta distinção internacional é muito importante e vai ajudar a promover e divulgar todo este vale», afirmou à Lusa o governador civil de Vila Real, António Martinho.
O responsável referiu que o objectivo de candidatura é o «Douro do xisto, o Douro natural da esteva, do grifo, da águia-real, da garça e do javali, o Douro de uma enorme diversidade de fauna e flora, de uma enorme riqueza ao nível da sua biodiversidade».
Foram apresentadas 150 candidaturas, em todo o mundo, e, durante o primeiro trimestre deste ano, serão seleccionadas as 77 que mais tarde passarão a 21 e, finalmente, depois de uma votação mundial, serão escolhidas as sete Novas Maravilhas da Natureza.
Para além do Douro, Portugal apresentou apenas mais uma candidatura, a da «Reserva das Selvagens», um pequeno arquipélago português, constituído por duas ilhas principais e várias ilhotas, que pertence à Região Autónoma da Madeira e se situa a 250 quilómetros ao sul da cidade do Funchal.
Ao nível da Europa foram apresentadas mais de três dezenas de candidaturas, entre as quais recantos naturais como o Parque Nacional da Serra Nevada, na Espanha, o Vulcão Etna, na Itália, o lago Loch Ness, na Inglaterra, o glaciar Aletsch, na Suíça, ou o Giant’s Causeway, na Irlanda, entre muitos outros.
O Pantanal, o Pão de Açúcar, as ilhas Galápagos, a queda de água de Angel Falls, o Grand Canyon, o rio Mississípi, o Monte Everest, a ilha de Bora Bora, o Parque Nacional do Serengeti e o vulcão do Monte Kilimanjaro, são apenas mais algumas das candidaturas que já foram apresentadas e que esperam conseguir o título de Maravilha da Natureza.
O presidente da Câmara Municipal de Trancoso exigiu hoje mais segurança das autoridades policiais, para evitar que ocorram novos assaltos a ourives que frequentam o mercado semanal da cidade. A posição do autarca é assumida após a ocorrência de dois assaltos a ourives no espaço de dois meses, o último dos quais perpetrado na sexta-feira na Estrada Nacional (EN) 102, nas proximidades de Minhocal, concelho de Celorico da Beira, quando o comerciante regressava de Trancoso.
O autarca Júlio Sarmento anunciou hoje, em comunicado, que vai enviar um ofício ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, a exigir "um reforço dos meios de segurança que inibam a prática de ´actos de terrorismo´ e violência que têm ocorrido ultimamente" e que estão a preocupar a autarquia e populações.
Recorda que os assaltos à mão armada que atingiram ourives que habitualmente trabalham e frequentam o mercado semanal de Trancoso "merecem um reflexão profunda sobre a segurança e a actuação das forças policiais". O primeiro assalto à mão armada registou-se em 07 de Dezembro de 2007 e visou um ourives da Guarda, que foi surpreendido pelos assaltantes em Celorico-Gare quando se dirigia para o mercado de Trancoso. O segundo ocorreu na sexta-feira, também na área de Celorico da Beira, e envolveu um ourives daquela vila, que foi assaltado à mão armada quando regressava daquela cidade.
"O mercado semanal de Trancoso, considerado o maior das beiras e um dos maiores mercados do país, bem conhecido das Brigadas de Trânsito e da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) pela sua importância e dimensão, parece carecido de meios de segurança que evitem autênticos actos de puro terrorismo como os atrás referidos", refere a mesma nota da autarquia. O presidente da Câmara de Trancoso também se mostra preocupado pelos meios utilizados nos assaltos. "O uso de armas de grande calibre, inclusive de pistolas - metralhadoras, além do uso de carros de grande cilindrada [pelos assaltantes], configuram um novo tipo de criminalidade que exige um maior esforço e operacionalidade concentrado no concelho de Trancoso", sustenta.
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