O ministro do Ambiente, Nunes Correia esteve sexta feira em Lamego, onde inaugurou a barragem de Pretarouca, uma obra desenhada e orientada pela Águas de Trás Os Montes e Alto Douro, do Grupo Águas de Portugal, para satisfazer as necessidades de água de consumo publico na região, em quantidade e qualidade.
De notar que o concelho de Lamego todos os anos, durante o Verão, tem vivido momentos aflitivos de abastecimento de água. A maior aflição foi vivida durante o Verão de 2005, tendo o executivo camarário de então recorrido ao transporte de água do rio Douro em camiões cisternas para a represa de Penude, durante vários dias.
O empreendimento, agora inaugurado, veio resolver de igual modo a dispersão de captações de água destinadas ao abastecimento publico, espalhadas por duas mil e cem origens de água, e veio, igualmente, melhorar o tratamento das águas residuais.
A barragem de Pretarouca vai servir para além de Lamego, outros concelhos do Douro Sul e ainda Vila Nova de Paiva e Castro Daire, num total de 118.146 habitantes.
O investimento global foi de 32,7 milhões de euros e compreende, a barragem de Pretarouca, o sistema de Balsemão constituído por uma ETA, 3 estações elevatórias, um sistema adutor com cerca de 145 km de extensão e ainda 7 reservatórios.
A barragem com 28,5 metros de altura terá uma capacidade de volume total de 3.219.000 m3, representando duas vezes e meia as necessidades anuais de abastecimento de água do concelho de Lamego, como referiu à Rádio Douro Sul o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes.
Com a barragem de Pretarouca, já em fase experimental desde Março deste ano, Francisco Lopes disse ainda que está assegurada a qualidade da água aos lamecenses, salvo alguns casos pontuais como nas freguesias de Sande e Valdigem , estando neste momento a decorrer a fase de alguns acertos.
Na cerimónia, de inauguração da barragem, Francisco Lopes protestou pelo facto dos concelhos do interior norte do país pagarem, neste momento, a água mais cara que nos grandes centros urbanos e no litoral, pelo que no seu entender "o interior do país deve ter preços mais justos e equitativos".
O ministro do Ambiente, Nunes Correia, justificou que o governo está a fazer um esforço grande para trazer ao interior do país qualidade na água, e "para isso há custos a que não se podem fugir", lembrou, no entanto, ser necessário recorrer ao fundo de coesão, e para isso estão a decorrer estudos, que classificou de " complexos".
Ora, para o presidente da Câmara de Lamego se a água é mais cara em Trás os Montes e Alto Douro e mais barata nas grande áreas metropolitanas, "algo está mal". Pelo que, "devem ser encontradas formas de harmonizar as tarifas"
A barragem de Pretarouca vem colmatar as necessidades de água de consumo publico na região, em quantidade e qualidade
Vai servir os concelhos de Lamego, Tarouca, Resende, parte de Cinfães e ainda Castro Daire e Vila Nova de Paiva, num total de 118.146 habitantes.
domingo, maio 31, 2009
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