O Presidente da República foi recebido nos Paços do Concelho de Miranda do Douro, onde decorreu uma cerimónia de boas-vindas. À chegada ao Município assistiu à actuação do Grupo Pauliteiros de Miranda e do Grupo Mirandanças.
Cavaco Silva, ouviu hoje um desanimado desabafo de um autarca transmontano que já não sabe mais o que fazer para convencer o país a ajudar a contrariar a "morte" do interior transmontano.
Moraes Machado é presidente do concelho de Mogadouro, apesar de tudo um dos mais populosos do Nordeste Transmontano, mas com o mesmo problema de todos.
"Não demora muito a que não tenhamos nem velhos nem jovens", desabafou o autarca social democrata, assegurando que "as autarquias em geral já fizeram tudo o que podiam fazer, falta agora apoio de outras vontades.
O autarca resumiu com dois dos problemas mais sensíveis da região a razão do seu desabafo: os idosos e a saúde.
"Que instrumentos e como impedir que a sua vida (dos idoso) não seja apenas de espera pelos últimos momentos", perguntou ao chefe de Estado, especificando que 28 por cento da população são idosos com mais de 65 anos..
Maior dilema para o autarca transmontano é, num concelho carente de serviços de saúde, ter uma resposta pronta há oito meses e não poder disponibilizá-la.
"Como é possível ter doentes renais crónicos que mensalmente percorrem centenas de quilómetros por estas estradas para receber tratamento e Mogadouro ter um unidade de hemodiálise pronta há oito meses à espera de uma licença que parece ganhar mofo nas repartições", perguntou.
"Os doentes sofrem e os jovens tardam em tomar posse dos 30 empregos", acrescentou, sublinhando que o concelho tem falta de oportunidades de emprego.
Para o autarca bastaria que "se evitem alguns gastos sumptuários para nos sentirmos mais ricos e realizados".
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