quarta-feira, dezembro 31, 2008



Gentileza em www.clickloco.com.br

Viseu: Fernando Ruas candidato a novo mandato à Câmara

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, envolveu-se numa acalorada discussão autárquica durante a última reunião de 2008 do órgão deliberativo, e deixou escapar o anúncio da sua recandidatura.



A determinado passo da discussão com a oposição, que criticava a política fiscal do executivo a que preside vai para 19 anos, sempre com maiorias, Fernando Ruas cansou-se e desabafou: "[...] Vamos ver, nas próximas eleições, se o povo gosta ou não do presidente da Câmara". E pronto. Estava anulado o eventual tabu de uma disputa eleitoral ainda não revelada mas há muito prevista.
O anúncio espontâneo confirmou, ainda que de forma informal, que Fernando Ruas está disponível para cumprir, caso seja essa a escolha dos viseenses nas Autárquicas de 2009, o sexto mandato na presidência da Câmara Municipal de Viseu (CMV) pelo Partido Social Democrata (PSD).
A discussão que fez Ruas revelar aquilo que provavelmente estaria a reservar para momento mais adequado e solene, versou matérias litigadas de forma recorrente entre a oposição e a maioria social-democrata. A força política que domina o executivo e a assembleia municipal. Na reunião de anteontem, foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis do PSD e de dois presidentes de junta socialistas, o orçamento para 2009. O maior de sempre, no montante de 91 milhões de euros, 12% mais elevado que o de 2008.
Noticia JN de 30-12-08

Lamego:Cinco séculos do Bispado de Lamego em exposição até 30 de Janeiro

Dado o êxito da exposição “De 1500 à actualidade, Cinco Séculos da História do Bispado de Lamego”, a mesma reabrirá no próximo dia 6 e prolongar-se-á até 30 de Janeiro.

imagem em:www.cultura.sapo.pt


Patente no Museu Diocesano/Casa do Poço, a mostra resulta da colaboração entre Diocese e Museu de Lamego e pretende reflectir sobre o papel e o legado dos sucessivos prelados à frente dos destinos da Diocese de Lamego.
O Bispo D. João Camelo de Madureira, o mecenas que encomendou a Vasco Fernandes o fabuloso retábulo para a sua Sé, inaugura o percurso pelos últimos cinco séculos de Bispado em Lamego, uma história mais vasta que começou no séc. VI com D. Sardinário, o primeiro Bispo documentado para a sede lamecense.
A entrada é gratuita, de Terça-feira a Domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00

Chaves:Sede da Fundação Nadir Afonso será construida até 2011

A sede da Fundação Nadir Afonso, um investimento de nove milhões de euros com projecto do arquitecto Siza Vieira, vai ser construída em Chaves até 2011 para homenagear o pintor e arquitecto flaviense, disse à Lusa fonte autárquica.





O projecto de arquitectura, obra que resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Chaves e a Fundação Nadir Afonso, é apresentado a 16 de Janeiro, em Chaves, numa cerimónia que conta com a presença dos mestres Nadir Afonso e Siza Vieira.
Pintor, arquitecto e filósofo, Nadir Afonso Rodrigues nasceu em Chaves, a 04 de Dezembro de 1920, diplomou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto e, em 1965, abandonou definitivamente a arquitectura para se dedicar exclusivamente à criação da sua obra plástica.
O presidente da Câmara de Chaves, João Baptista, disse hoje à Agência Lusa que o concurso público para a obra será lançado após a apresentação do projecto de arquitectura, prevendo-se que a construção tenha início ainda durante o ano de 2009.
O autarca prevê que a obra da fundação esteja concluída em meados de 2011.
João Baptista referiu ainda que a autarquia e a Fundação Nadir Afonso apresentaram uma candidatura ao eixo nove do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) no valor de nove milhões de euros, que inclui a aquisição dos terrenos, execução da obra e equipamentos.
A sede da fundação ficará inserida junto ao centro histórico de Chaves e irá garantir a requalificação da frente ribeirinha do Tâmega.
O edifício acolherá o espólio do artista e contribuirá para dinamizar a vida cultural da cidade transmontana apostando na captação de franjas distintas de públicos, organizando exposições temporárias e permanentes, atribuindo o prémio Nadir Afonso para trabalhos de investigação e de bolsas na área da produção artística e científica.
A fundação vai também organizar ciclos de cinema documental, workshops infanto-juvenis e cursos de Verão.
Entre os espaços que compõem o edifício da fundação destacam-se um auditório com capacidade para 100 pessoas, salas de exposições temporárias e permanentes, arquivo, biblioteca, cafetaria, atelier do Mestre Nadir Afonso, um outro de artes plásticas e loja.
João Baptista classificou o pintor como o "maior expoente vivo da cultura" de Chaves, cuja obra classifica como "reconhecida a nível nacional e internacional".
"Nadir Afonso é um símbolo, um exemplo que queremos preservar. A construção da sede é a forma de Chaves prestar tributo ao pintor", salientou.
O autarca considera ainda que a escolha de Siza Vieira para projectar a obra é "uma associação feliz", pois considera que o próprio edifício se transformará num ponto de atracção arquitectónico da cidade de Chaves.
João Baptista revelou ainda que a Fundação Nadir Afonso vai formar um "triângulo cultural" com o recém inaugurado Museu do Douro, no Peso da Régua, e com o Museu do Côa, que será construído em Vila Nova de Foz Côa.
A total propensão de Nadir Afonso para a pintura revelou-se aos quatro anos, em casa, quando traçou com tinta vermelha um círculo perfeito na parede da sala. Em 1934, realizou os primeiros trabalhos a óleo e, em 1938, ganhou o segundo prémio do concurso "Qual o mais belo trecho da paisagem portuguesa?".
Apesar de tirar o curso de arquitectura, não deixou de pintar e, na década de 40, começou a expor e a ter impacto junto da crítica.
Nadir tinha 24 anos quando uma das suas obras, "A Ribeira", deu entrada no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa.
Em 1965, abandonou definitivamente a "penosa" arquitectura e desenvolveu estudos sobre a geometria, que considera ser a essência da arte. Então a sua vida passa a ser dedicada exclusivamente à criação de uma extensa obra plástica e teórica.
O responsável pelo projecto da sede da fundação Nadir Afonso, Álvaro Siza Vieira, é o arquitecto português mais prestigiado internacionalmente, tendo concebido projectos em numerosos países e obtido importantes prémios, com destaque para o Prémio Pritzker (1992), considerado o Nobel da Arquitectura

domingo, dezembro 21, 2008

Peso da Régua:Primeiro Ministro inaugurou Museu do Douro

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu o apoio do governo ao Museu do Douro (MD), cuja sede inaugurou hoje, para que este se torne num equipamento que tenha uma oferta cultural de "primeiríssimo" plano em Portugal.



José Sócrates
diz que acompanhou os "11 longos anos" que foram necessários para chegar à inauguração da sede do MD, que representou um investimento total de 5,2 milhões de euros, co-financiados pelo Programa Operacional da Cultura.
A antiga Casa da Companhia, implantada em frente ao rio Douro, em pleno centro da cidade da Régua, foi invadida de convidados e curiosos ansiosos de verem por dentro um dos maiores e mais importantes investimentos feitos nos últimos anos no Douro.
Depois de ser recebido por um grupo de clarinetes e ao som do piano, o primeiro-ministro inspirou-se na beleza da paisagem duriense e salientou que a "ambição deste museu não é regional, mas nacional".
"É do Douro sim, mas é nacional. Este equipamento pretende afirmar o Douro no país mas quer também competir com a melhor oferta cultural internacional", sublinhou.
E é precisamente com base nesta ambição, de dotar o MD de uma "oferta cultural de primeiríssimo plano em Portugal", que Sócrates reafirmou todo o apoio do Governo a este equipamento cultural.
O MD foi criado em 1997 na sequência de uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República, proposta pelo agora Governador Civil de Vila Real, António Martinho.
Este é o primeiro museu de território construído em Portugal, que vai funcionar de forma polinucleada, com sede na Régua e vários núcleos espalhados pela Região Demarcada do Douro.
Para uma primeira fase estão previstos 11 núcleos.
A sede do MD foi instalada no antigo edifício da Real Companhia Velha, adquirido pelo Ministério da Cultura em Junho de 2004, através da Direcção Geral do Património, por 1,7 milhão de euros.
A festa do MD começou com a inauguração das exposições "Barão de Forrester, Razão e Sentimento: Uma história do Douro" e do pintor Tito Roboredo.
O escocês Joseph James Forrester foi um percursor no desenvolvimento de estudos científicos sobre viticultura, fotografia cartografia, tendo sido o autor do primeiro mapa sobre a Região Demarcada do Douro.
A exposição revela obras, algumas das quais expostas pela primeira vez, que integram acervos nacionais e estrangeiros, particulares e públicos, e aborda momentos significativos da vida do empresário na comunidade britânica no Porto, bem como a sua participação na vida social e política portuguesa do século XIX.
Antes de chegar à Régua, José Sócrates passou por Sabrosa, para o lançamento da primeira pedra do Espaço Torga, um projecto do arquitecto Souto Moura que vai ser construído na terra natal do escritor, São Martinho de Anta, e que vai servir de homenagem a Miguel Torga