O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu o apoio do governo ao Museu do Douro (MD), cuja sede inaugurou hoje, para que este se torne num equipamento que tenha uma oferta cultural de "primeiríssimo" plano em Portugal.
José Sócrates diz que acompanhou os "11 longos anos" que foram necessários para chegar à inauguração da sede do MD, que representou um investimento total de 5,2 milhões de euros, co-financiados pelo Programa Operacional da Cultura.
A antiga Casa da Companhia, implantada em frente ao rio Douro, em pleno centro da cidade da Régua, foi invadida de convidados e curiosos ansiosos de verem por dentro um dos maiores e mais importantes investimentos feitos nos últimos anos no Douro.
Depois de ser recebido por um grupo de clarinetes e ao som do piano, o primeiro-ministro inspirou-se na beleza da paisagem duriense e salientou que a "ambição deste museu não é regional, mas nacional".
"É do Douro sim, mas é nacional. Este equipamento pretende afirmar o Douro no país mas quer também competir com a melhor oferta cultural internacional", sublinhou.
E é precisamente com base nesta ambição, de dotar o MD de uma "oferta cultural de primeiríssimo plano em Portugal", que Sócrates reafirmou todo o apoio do Governo a este equipamento cultural.
O MD foi criado em 1997 na sequência de uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República, proposta pelo agora Governador Civil de Vila Real, António Martinho.
Este é o primeiro museu de território construído em Portugal, que vai funcionar de forma polinucleada, com sede na Régua e vários núcleos espalhados pela Região Demarcada do Douro.
Para uma primeira fase estão previstos 11 núcleos.
A sede do MD foi instalada no antigo edifício da Real Companhia Velha, adquirido pelo Ministério da Cultura em Junho de 2004, através da Direcção Geral do Património, por 1,7 milhão de euros.
A festa do MD começou com a inauguração das exposições "Barão de Forrester, Razão e Sentimento: Uma história do Douro" e do pintor Tito Roboredo.
O escocês Joseph James Forrester foi um percursor no desenvolvimento de estudos científicos sobre viticultura, fotografia cartografia, tendo sido o autor do primeiro mapa sobre a Região Demarcada do Douro.
A exposição revela obras, algumas das quais expostas pela primeira vez, que integram acervos nacionais e estrangeiros, particulares e públicos, e aborda momentos significativos da vida do empresário na comunidade britânica no Porto, bem como a sua participação na vida social e política portuguesa do século XIX.
Antes de chegar à Régua, José Sócrates passou por Sabrosa, para o lançamento da primeira pedra do Espaço Torga, um projecto do arquitecto Souto Moura que vai ser construído na terra natal do escritor, São Martinho de Anta, e que vai servir de homenagem a Miguel Torga
domingo, dezembro 21, 2008
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