O primeiro-ministro, José Sócrates, visitou ontem Resende, onde inaugurou o Museu Municipal, as Piscinas Cobertas e um Auditório Municipal. Durante a cerimónia oficial no Salão Nobre da Câmara de Resende, Sócrates revelou que devem ser definidas novas áreas, nomeadamente sociais, em que as autarquias podem assumir responsabilidades actualmente da responsabilidade do Governo.
Em Resende, e no prazo de hora e meia, José Sócrates inaugurou três equipamentos, que considerou fundamentais «para atrair pessoas e actividades económicas».
O presidente da Câmara de Resende, António Borges, na sessão solene que se realizou no Salão Nobre apontou a valorização do perfil e qualificação das pessoas e a base produtiva do concelho como prioridades para o seu concelho mas para isso precisa de melhores acessibilidades, como fez questão de referir.
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse que a sua visita de ontem a Resende, serviu para mostrar um exemplo do esforço das autarquias na melhoria da qualidade de vida das suas populações.
«O país precisa das suas câmaras municipais hoje mais que no passado», frisou.
No museu municipal, um projecto de reconversão da antiga cadeia de Resende orçado em 1,6 milhões de euros, o primeiro-ministro visitou a exposição temporária sobre a vida e obra de Edgar Cardoso, conhecido por o «engenheiro das pontos».
Recordando ser também engenheiro civil, José Sócrates contou que, enquanto estudante, Edgar Cardoso foi para si e para os colegas «uma grande referência».
«Fez muito pela internacionalização do nome de Portugal e pela internacionalização da construção civil portuguesa», sublinhou.
Edgar Cardoso, que faleceu em 2000, no Porto, foi responsável pelas obras das ponte de Santa Clara, em Coimbra, da Arrábida, no Porto, sobre o Rio Zambeze, em Moçambique, e pela ponte Nobre de Carvalho, a primeira ligação por ponte entre Macau e a ilha da Taipa, entre muitas outras.
Numa altura em que se comemoram os 30 anos do poder local, o primeiro-ministro considera que Governo e autarquias devem «sentar-se à mesa e definir novas áreas onde as câmaras podem fazer melhor que o Governo».
«Não apenas na educação, mas nas áreas sociais, como por exemplo o apoio ao idoso, que ganha se for feito por quem está mais próximo, por quem conhece as pessoas uma a uma», acrescentou.
Na opinião do chefe de Governo, nestes casos não deve haver uma solução ao nível nacional, «igual para todos, como se não houvesse diferenças entre o concelho da Amadora e o concelho de Resende».
A passagem de determinadas áreas para a responsabilidade das câmaras acontece, segundo José Sócrates, «em benefício das pessoas», mas também para dar «um outro impulso e ambição ao poder local».
Após a cerimónia e em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro, José Sócrates, desdramatizou o facto de 60 mil pessoas terem ficado sem colocação no concurso de professores, argumentando que «apenas um terço eram professores».
Segundo Sócrates, «Dessas 60 mil pessoas que se candidataram e não foram contratadas, só cerca de um terço eram professores, outros eram pessoas que se candidataram ao lugar de professor» e «nunca foram professores na vida», afirmou o primeiro ministro.
O primeiro-ministro, José Sócrates, desvalorizou hoje o veto do Presidente da República à Lei da Paridade, defendendo que Cavaco Silva concorda com o princípio da lei e apenas considerou «excessiva» a sanção prevista no diploma
Sobre o primeiro veto do Presidente da Republica, José Sócrates manifestou-se «satisfeito por o Presidente da República concordar no que respeita ao princípio» da Lei da Paridade e sublinhou a importância de «criar condições para a participação das mulheres na vida política».
Ainda em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro, José Sócrates, considerou que em Portugal não existiu «nenhum risco» de um incidente diplomático com a Austrália por não ter aceite subordinar a GNR ao comando de militares estrangeiros em Timor-Leste.
domingo, junho 04, 2006
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