O corpo de um dos passageiros do comboio que descarrilou ontem na Linha do Tua foi esta manhã encontrado na margem do rio Tua e encaminhado para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela. Duas pessoas continuam ainda desaparecidas e as buscas permanecem no local.
A composição do Metro de Mirandela, ao serviço da CP, descarrilou ontem quando fazia a ligação entre o Tua e Mirandela, arrastando os cinco ocupantes por uma ravina com cerca de 60 metros. Dois feridos foram de imediato resgatados, mas ao fim do dia três pessoas permaneciam desaparecidas: o maquinista, o revisor e um outro funcionário da CP.
O cadáver encontrado esta manhã já foi identificado. Tratava-se do revisor da CP, um homem de 35 anos, residente em Lamego. As buscas continuam no local mas as autoridades receiam que os outros dois desaparecidos também se encontrem sem vida.
Quanto às causas do descarrilamento, a CP afirmou ao Expresso que "só depois do inquérito poderão ser avançados pormenores concretos". No entanto, de acordo com a REFER, "as primeiras informações apontam para que o acidente tenha sido provocado por um desabamento de pedras sobre a linha".
O caso está neste momento nas mãos do Ministério das Obras Públicas e Transportes e do Instituto de Transporte Ferroviário, que já ordenaram a abertura de inquérito ao acidente.
A data de reabertura da linha continua por enquanto indefinida. O caminho entre Tua e Mirandela está agora a ser suportado por um serviço rodoviário organizado pela CP.
O alerta para o acidente foi dado por um dos feridos, Sara Raquel, de 23 anos, que conseguiu ligar do seu telemóvel para o 112. Orlando Barbosa, estudante em Mirandela, ficou igualmente ferido no acidente. Os dois jovens foram transportados de helicóptero para o hospital de Vila Real, depois de sujeitos a tratamento de emergência no posto médico avançado montado na Estação do Tua.
As buscas recomeçaram hoje ao amanhecer, depois de terem sido interrompidas cerca das 02h30. Segundo fontes locais, as operações estão a ser dificultadas pela existência de um único acesso, através da via-férrea.
Encontram-se no local 33 bombeiros, apoiados por 13 veículos, três equipas de mergulhadores dos bombeiros, três equipas cinotécnicas da GNR da Régua e de Bragança e um helicóptero do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Fonte: Expresso
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