imagem em: www.ideiapublica.blogspot.com
A cidade de Bragança não está sozinha na corrida à criação de um aeroporto regional destinado aos voos de baixo custo, vulgarmente conhecidos por «low costs».
Neste desafio, a capital do Nordeste Transmontano terá de enfrentar a concorrência de Beja, Fátima, Ponta Delgada, Viseu, Covilhã e Vila Real, outras das cidades interessadas em projectar uma infra-estrutura capaz de acolher voos das companhias aéreas que praticam tarifas reduzidas.
O conceito não é novo e, acompanhando a tendência europeia, Portugal já tem cinco aeroportos que servem «low costs», nomeadamente Porto, Faro, Lisboa, Funchal e Porto Santo.
No caso de Bragança, a autarquia local tem vindo a negociar com a Ryanair, no sentido desta transportadora operar no aeródromo municipal, que vai ser ampliado para os 2.000 metros, de modo a receber aeronaves de médio curso, tipo Boeing 737, usadas, aliás, pela companhia irlandesa.
Já a Aeronorte, que desde a passada sexta-feira assegura a ligação Bragança-Vila Real-Lisboa (ver texto na página 2) também quer voar de Trás-os-Montes para cidades da Europa como Paris, aproveitando os fluxos da emigração.
Vila Real também quer ampliar a pista do aeródromo para 1.800 metros
Em Vila Real, a agência Lusa noticia que o município também quer ampliar a pista do aeródromo municipal para 1.800 metros. A ideia é reunir sinergias entre o Algarve e Douro, pois há operadores turísticos comuns às duas regiões, nomeadamente a Douro Azul, de Mário Ferreira. Por isso, pretende-se permutar turistas, inclusive por via de escalas nos aeroportos da Galiza.
Voltando à Ryanair, o jornal “Correio do Alentejo” noticia que a empresa está “em negociações avançadas” para operar desde Beja, onde as obras do novo aeroporto deverão terminar em Dezembro deste ano.
Citado por este semanário regional, o responsável da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, José Queirós, revelou que já há contactos com mais companhias deste segmento, caso da britânica Jet2.
Por seu turno, o portal “Alma de Viajante” anuncia que o aeródromo de Giesteira, em Ourém, pode ser adaptado a voos low fare organizados pelo Vaticano. Trata-se de um pacote para unir peregrinos e potenciar o turismo católico que inclui Fátima, Santiago de Compostela (Espanha), Sinai (Egipto), Guadalupe (México), Jerusalém (Israel), Lourdes (França), Czestochowa (Polónia) e sete cidades da Itália.
Viseu e Covilhã também estão na corrida ao “low cost”
Na zona Centro do País também existem projectos para ampliar os aeródromos existentes. Na Covilhã, por exemplo, a Câmara Municipal já abriu concurso para construir uma pista de 2.200 metros, para uso de aviões até 120 lugares, aproveitando o know-how da Universidade da Beira Interior, que possui uma licenciatura em Engenharia Aeronáutica.
Já o município de Viseu procura investidores para dotar o aeródromo local de capacidade para receber voos comerciais, charters e low cost.
No Grande Porto, o presidente da Associação Empresarial de Portugal, Ludgero Marques, citado pelo Diário de Notícias, defendeu “a privatização o aeroporto Francisco Sá Carneiro para reforçar a presença das companhias de baixo custo e trazer mais turistas ao Norte
Texto de: João Campos,in Jornal Nordeste
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário