sexta-feira, maio 16, 2008
Eleições no PSD: Manuela Ferreira Leite esteve em Lamego
Manuela Ferreira Leite, candidata a presidente do PSD e ex-ministra das Finanças esteve ontem em Lamego num encontro com militantes e mostrou-se expectante em relação à forma como o Governo actuará no quadro de desaceleração da economia portuguesa.
Ferreira Leite frisou “vamos ver se o PS, que disse que já tem as contas públicas todas em ordem, tem instrumentos suficientes para resolver este problema", afirmou a antiga governante em Lamego, num encontro com militantes.
Na sua opinião, "tem obrigação de ter, se as contas estão como eles dizem que estão".
"Se as contas não estão como eles dizem que estão, então estão a enganar-nos por todos os lados".
O comentário da candidata à liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite, sobre o anúncio feito pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de que o Governo reviu ontem em alta, em 0,5 pontos percentuais, para 2,6 por cento, a previsão da taxa de inflação para 2008.
A revisão em alta da taxa de inflação acompanhou o anúncio feito também ontem por Teixeira dos Santos da previsão de crescimento económico, que foi revista em baixa, de 2,2 por cento para 1,5 por cento.
Segundo Manuela Ferreira Leite, "os problemas para resolver são muitos em Portugal" e a forma como o primeiro-ministro, José Sócrates, tem exercido o Poder "não tem conseguido mais nada senão criar mal-estar na sociedade, pôr uns contra os outros".
Admitiu que as reformas são precisas mas criticou a forma como o Governo socialista as tem feito, "começando por hostilizar aqueles que vão ser alvo" delas, levando a que a sociedade os olhe "como marginais".
"Fez assim com os professores, com os funcionários públicos, os juízes e os médicos. Estamos num país em que parece que somos todos um bando de malfeitores e não há ninguém que se salve", lamentou Manuela Ferreira Leite.
Criticou que o PS opte por "um Estado grande mas fraco", que lança "os seus tentáculos por onde pode, até nos sítios onde não deve, chegando a interferir na vida privada sem pedir autorização para tal", enquanto o PSD defende "um Estado pequeno, que só deve intervir em determinadas áreas, mas forte".
A candidata à presidência do PSD frisou que o País tem sido prejudicado por "o PS estar sozinho no palco", em maioria absoluta, e que cabe ao PSD mostrar se, nas eleições de 2009, "existe ou não alguém capaz de ser alternativa credível" a José Sócrates.
E alertou que "uma candidatura menos forte nas legislativas pode ter um efeito de contágio nas autárquicas", eleições que poderão acontecer "no mesmo dia ou muito próximas".
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