O Teatro Ribeiro Conceição, considerado uma "jóia" cultural e patrimonial de Lamego, reabre ao público, amanhã, duas décadas após ter fechado as portas.
Depois de obras de reabilitação e modernização iniciadas no final de 2005 e que tiveram um custo total de 6,2 milhões de euros, aquela que é a maior sala de espectáculos da região duriense será inaugurada pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
A autarquia lembra ter iniciado as obras após um "longo e conturbado processo de aquisição, reabilitação e modernização deste equipamento", mas considera que, a partir de sábado, Lamego terá "uma infra-estrutura que produzirá um profundo impacto na vida cultural da cidade e da região onde está integrada".
A recuperação do teatro, que contou com mais de dois milhões de euros de apoio financeiro da administração central, no âmbito do Programa Operacional da Cultura, só foi possível depois de a autarquia ter adquirido uma parcela do edifício setecentista que ainda era propriedade privada.
As obras consistiram na preservação da fachada e na decoração do interior, "inspiradas na arquitectura das grandes salas de teatro italianas" e, simultaneamente, dotando o teatro "com moderno equipamento audiovisual e sonoro". "A nova sala de espectáculos de Lamego tem uma acústica perfeita e disponibiliza 470 lugares sentados", e o projecto de recuperação foi da autoria do gabinete de arquitectura de João Carreira, anterior responsável pela recuperação do Teatro de S. João, no Porto, e do Teatro Aveirense.
A autarquia prevê que, após o início da exibição da sua programação regular, o Teatro Ribeiro Conceição tenha "um profundo impacto na vida cultural local e dos concelhos envolventes, colmatando a actual escassez de equipamentos culturais na cidade de Lamego".
A Câmara Municipal de Lamego e a empresa municipal Lamego ConVida serão responsáveis pela programação abrangendo áreas como a música, o teatro, a dança e o cinema.
É intenção da autarquia estabelecer parcerias com outras instituições.
O Teatro Ribeiro Conceição fechou em 1987, devido a divergências entre os proprietários, carências económicas, degradação do edifício e falta de segurança.
Construído em 1727, o edifício acolheu durante quase um século o Hospital da Misericórdia e, em 1886, o quartel do regimento da cidade de Lamego que tinha sofrido um grande incêndio.
"Porém, no ano seguinte, essa fatalidade também assombrou este edifício, ficando reduzido a escombros e em 1924 foi comprado em hasta pública por José Ribeiro Conceição, que ergueu o teatro que hoje tem o seu nome, mantendo a sua fachada original.
Foi inaugurado a 02 de Fevereiro de 1929 e passou a acolher espectáculos de teatro, ópera, circo, cinema, dança e música, que o enchiam por completo, tornando Lamego numa referência na vida cultural do interior do país, uma importância que a autarquia quer agora recuperar.
As cavacas de Resende, um doce tradicional cuja origem se perdeu no tempo, podem encontrar-se um pouco por todo o país, mas algumas com pouca qualidade, o que leva o presidente da autarquia a defender a sua certificação.
O presidente da Câmara de Resende, António Borges, contou que, por exemplo, no Porto, "qualquer pastelaria as vende, mas nem sempre com a qualidade que deveriam ter.
A autarquia pretende dar início ao processo de certificação, com o intuito de "dar um novo contributo à base produtiva local".
O autarca estima que sejam produzidas em Resende 80 toneladas de cavacas por ano, um número que considera ser possível aumentar com o processo de certificação. No próximo domingo, as duas dezenas de vendedores e produtores que habitualmente as comercializam, estarão no pavilhão multiusos de Caldas de Aregos, para a segunda edição da festa das Cavacas.
Na primeira edição, os oito mil visitantes esgotaram as caixas de cavacas, tendo sido vendidos mais de quatro 4000 quilos. Segundo António Borges, desde "há quatro ou cinco anos as vendas têm aumentado", o que atribui à grande divulgação que a autarquia tem feito das cavacas. A novidade deste ano é que os visitantes têm, entre as 11 e as 18 horas, uma embarcação turística no Cais de Caldas de Aregos para, gratuitamente, viajarem no rio Douro ao mesmo tempo que provam as cavacas.
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