quinta-feira, março 06, 2008

Mais de 300 professores manifestaram-se ontem pelas ruas da cidade de Lamego. Esta foi a segunda acção de protesto contra as políticas educativas do Governo no Distrito de Viseu, no prazo de uma semana.


Os professores concentraram-se frente à Escola Secundária Latino Coelho e percorreram depois a av. 5 de Outubro até ao monumento do Soldado Desconhecido, na frente uma faixa com a inscrição "Não há progresso sem conhecimento. Os professores exigem respeito pela sua profissão".


A Federação Regional de Associações de Pais de Viseu esteve também presente na acção de protesto, para deixar claro "que os pais não estão com a ministra da Educação", como referiu a dirigente Maria José Viseu.


Maria José Viseu disse ainda que: "actualmente, os professores estarem todos a pensar nas avaliações, porque estão a surgir normativas nas escolas em catadupa e não têm tempo para cumprir a sua principal missão, que é ensinar".


Francisco Almeida , dirigente da Fenprof , referiu ter grandes expectativas em relação à marcha da indignação de sábado, e que, só do Distrito de Viseu, rumarão a Lisboa pelo menos 25 autocarros.


Nas outras manifestações, em Vila Real ultrapassaram os 1500 e em Bragança e Chaves chegaram também às várias centenas


A consulta pública do estudo prévio do IP4 – Vila Real (Parada de Cunhos)/IP3, troço que corresponde à futura A4, junto à cidade de Vila Real, terminou no dia 28 de Fevereiro.
A Câmara de Vila Real considerou ontem, em comunicado, que a proposta de traçado da A4 engloba a solução apresentada pela autarquia, ou seja, de fazer passar a auto-estrada na pedreira de Parada de Cunhos, diminuindo, assim, significativamente, o número de habitações a demolir.
Esta versão do traçado da A4 apresenta um desvio do viaduto de cerca de “100 metros” para Sul, junto às localidades de Parada de Cunhos e Folhadela, uma alteração que resultou também dos protestos da população locais.
No entanto, a autarquia diz que o parecer favorável é condicionado porque quer ver salvaguardada a fábrica de cogumelos e defende uma correcção, na parte final, do traçado da via de ligação da A4 e da A24 à cidade de Vila Real.
A câmara defende ainda que o pagamento de portagem não deverá ser efectuado no troço do Nó 1 de Vila Real/Sul, mas em Parada de Cunhos.
Neste sentido, a autarquia reiterou a sua intenção de continuar a participar e acompanhar o desenvolvimento futuro deste processo, no sentido de serem tomadas medidas de minimização de impactos em toda a zona de passagem desta auto-estrada



O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, que inclui os hospitais de Vila Real, Chaves, Régua e Lamego, prevê um investimento de 100 milhões de euros em obras e melhoria dos serviços nos próximos três anos.

O presidente do Conselho de Administração do centro hospitalar, Carlos Vaz, referiu que esta unidade hospitalar tem assumido uma posição de referência em toda uma região que engloba Trás-os-Montes e Alto Douro e uma área do Norte dos distritos de Viseu e Porto.

Desde o dia 01 de Março, que o centro hospitalar passou a hospital central, uma promoção que traz mais autonomia financeira para proporcionar melhores cuidados médicos.

A nova designação surge devido à criação do serviço de urgência polivalente e da oferta de valências de nível superior na rede de diferenciação dos cuidados de saúde.

Com o objectivo de aumentar a qualidade dos serviços serão concretizados, no decorrer dos próximos três anos, investimentos na ordem dos 100 milhões de euros nos hospitais de Vila Real, Chaves, Régua e Lamego.

Segundo Carlos Vaz, cerca de 50 milhões de euros serão gastos na construção do novo hospital de proximidade de Lamego, cujo concurso público está a decorrer.

No hospital de São Pedro, em Vila Real, o responsável pretende ampliar a urgência e construir novas instalações para os cuidados intensivos, intermédios e intensivos coronários.

Será ainda construído de raiz um novo pavilhão, no actual parque de estacionamento, para a consulta externa e de ambulatório, onde ficará ainda instalada a Pediatria, Pneumologia, e Nefrologia.

Para o Hospital D.Luíz I, no Peso da Régua, está a ser ultimado o projecto para a criação de 32 camas de cuidados continuados.

O administrador destacou a nova unidade de radiologia e de hemodiálise, que já está em «pleno funcionamento».

Até 15 de Março, o centro hospitalar disporá ainda da Via Verde de enfarte agudo do miocárdio, que evitará a transferência dos utentes para o litoral.
Em Abril abre as portas o Centro Oncológico de Vila Real, que vai servir meio milhão de habitantes da região de Trás-os-Montes e Alto Douro e é uma das primeiras unidades do género a ser construída fora dos grandes centros urbanos, depois de Lisboa, Porto e Coimbra.

Esta nova unidade permitirá o tratamento de cerca de 80 por cento dos casos de cancro registados na região transmontana, designadamente, do pulmão, da próstata, do útero, da bexiga, da mama, do colo rectal, da pele e do estômago.

Para além da radioterapia, o centro vai ser também equipado com bloco operatório, hospital de dia e cuidados paliativos.

Com a entrada em funcionamento desta unidade de saúde verificar-se-á uma grande diminuição na deslocação de doentes para o Hospital de São João e o Instituto Português de Oncologia, ambos no Porto.

Para o primeiro ano está previsto o tratamento de cerca de 800 doentes oncológicos na nova unidade, estando o centro preparado para dar resposta aos cerca de 1.700 novos casos de cancro que se registam anualmente na região.

Sem comentários: