Técnicos da Direcção Regional de Agricultura do Norte estão a fazer o levantamento dos prejuízos causados pelo mau tempo que assolou o Norte do país, e a região de Trás-os-Montes em particular, no fim de semana passado, mas não há perspectivas de que os lesados venham a beneficiar de apoios estatais, avançou, ao JN, o director regional Carlos Guerra. "Aquilo que se tem verificado é que há situações pontuais de grandes prejuízos em alguns concelhos", disse.
No distrito de Bragança, os maiores estragos ocorreram no concelho de Vila Flor, de Mirandela e de Miranda do Douro; Carrazedo de Montenegro e Valpaços, no distrito de Vila Real, também apresentaram estragos consideráveis, assim como a zona de Penafiel. Os danos do mau tempo terão incidido mais na produção de castanha, vinha, fruta, olival e também o milho.
Carlos Guerra relembrou que, para este tipo de intempérie, há seguros de colheitas. "Grande parte dos agricultores atingidos não tem seguro agrícola, uma situação que é muito preocupante", sublinhou.
O responsável apontou como positivo, porém, a situação verificada na zona de Penafiel, onde os agricultores tinham um seguro colectivo de colheita e, neste caso, vão ver as suas colheitas cobertas e os danos minimizados. O director Regional de Agricultura do Norte relembrou que o seguro de colheita é subsidiado em cerca de 75% pelo Estado, sendo esta uma forma de garantir as colheitas.
De recordar que as eventuais medidas de excepção só são accionadas se as intempéries destruíssem a estrutura produtiva, como é caso de caminhos vicinais, muros ou destruição de terras agrícolas. O director regional avançou ainda que os técnicos estão no terreno desde o passado domingo, estando prevista a conclusão dos levantamentos dos prejuízos ao longo do dia de hoje.
Para já, ainda não há uma estimativa concreta dos danos causados pelo mau tempo, "mas não é tão grande com se chegou a temer". Aquele responsável garantiu, todavia, que "não há uma grande área com muitos prejuízos, há pequenas manchas localizadas com prejuízos avultados", afirmou.
Agora, o principal problema é que os agricultores que não têm seguros de colheita terão de ser eles próprios a suportar os prejuízos.
Noticia JN
terça-feira, agosto 28, 2007
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