domingo, junho 01, 2008

Vila Pouca de Aguiar:aumento dos combustíveis encerra pedreiras


Três pedreiras encerraram ontem no concelho de Vila pouca de Aguiar devido ao aumento consecutivo do preço dos combustíveis, alertou hoje o presidente da câmara local, Domingos Dias.
O autarca de Vila Pouca de Aguiar mostrou-se "preocupado" com a situação porque considera que ela pode ser o início de um grande movimento que, a acontecer, "seria um grande desastre para o concelho".
O encerramento das pedreiras enviou para o desemprego 21 trabalhadores.
"Se o sector do granito, que é o principal motor económico-social do concelho com mais de dois mil empregos directos é afectado, vai alastrar a todos os outros sectores da economia local", frisou.
O autarca considerou que "o aumento dos combustíveis, sem medidas compensatórias pode levar a uma proliferação de encerramentos".
Graciosa Gonçalves, proprietária de duas pedreiras na zona de extracção de Pedras Salgadas diz que "Não se admite ter aumentos consecutivos de combustíveis todas as semanas, que levam a que o material não se venda porque não é competitivo",
Nestas pedreiras, segundo a responsável, "a parte de extracção de blocos parou".
A empresária considerou que a crise se acentua porque "não existe igualdade de circunstâncias" com Espanha, disse a empresária que defendeu que o "sector devia ter preços especiais ou poder obter gasóleo industrial para poder ser tão competitivo como os espanhóis".
Segundo a empresária, aos 14 funcionários que foram para o desemprego, foi-lhes oferecido emprego em Angola, sendo que quatro já aceitaram a proposta.
A extracção de granito em Vila Pouca de Aguiar representa uma das principais actividades económicas do concelho, empregando actualmente, segundo estimativas da AIGRA, cerca de 2.000 operários e movimentando na ordem dos 80 milhões de euros por ano.
Neste concelho, são extraídos anualmente cerca de três milhões e 800 mil toneladas de granito.

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