sábado, abril 26, 2008

Douro: Viticultores vão manifestar-se em Vila Real dia 1 de Maio

Os viticultores de Vila Real concentram-se no dia 01 de Maio num convívio seguido de manifestação, pelas ruas daquela cidade, em defesa da Casa do Douro (CD) e contra o poder "discricionário" do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.
O presidente da CD, Manuel António Santos, disse à Agência Lusa que os viticultores do concelho de Vila Real decidiram reunir-se num convívio que servirá também para protestar contra as "injustiças" de que têm sido alvo.
A concentração está marcada para as 12:00 da próxima quinta-feira, feriado de 01 de Maio, no parque de merendas de Codessais, em Vila Real, depois os viticultores desfilarão pelas principais ruas da cidade.
O concelho tem cerca de dois mil viticultores, pelo que o presidente do organismo representativo da lavoura duriense está a contar com uma "adesão significativa" à iniciativa.
As queixas dos produtores contra o "autoritarismo" do IVDP sucedem-se e a Casa do Douro aguarda o desfecho de três acções judiciais, interpostas no Tribunal Administrativo de Mirandela contra o instituto público.
Uma das questões que mais polémica tem causado está relacionada com o cadastro, que contém o registo exaustivo das vinhas da região bem como das suas características, desde altitude, exposição solar, castas e outras.
Até à última vindima, a CD cedia as informações ao IVDP, recebendo uma comparticipação financeira mas, em Dezembro, o instituto renunciou ao protocolo e pretende preparar a próxima vindima com recurso aos dados facultados até ao final do ano passado.
Em resposta a um requerimento dos deputados no PSD na Assembleia da Republica, o ministro da Agricultura, Jaime Silva, afirmou que o IVDP é um "legitimo utilizador" dos referidos dados.
Manuel António Santos contesta e acusa o instituto público de "delapidar" a Casa do Douro.
Nos últimos tempos, dos 15 trabalhadores afectos há vários anos ao Serviço de Cadastro da Casa do Douro, 11 já foram requisitados pelo Ministério da Agricultura.
"Querem impedir-nos a toda a força de exercer as nossas obrigações legais de actualização do cadastro", salientou Manuel António Santos.

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