sábado, abril 05, 2008

Ligação aérea Lisboa -Vila Real - Bragança


O deputado social-democrata Ricardo Martins considerou ontem que o "atraso" do Governo em divulgar a nova operadora que, provisoriamente, passará a efectuar a ligação aérea Bragança/Vila Real/Lisboa, "está a prejudicar" a região transmontana.
"Ao não anunciar, como se comprometeu, o novo operador e o dia em que se retomará a ponte aérea Lisboa/Vila Real/Bragança, o ministro Mário Lino continua a desrespeitar os transmontanos e alto durienses", disse à Agência Lusa o deputado eleito pelo círculo eleitoral de Vila Real.
A Aerocondor, que assegurava a carreira aérea por concurso público recebendo uma compensação do Estado, suspendeu os voos no dia 17.
Entretanto, o Ministério das Obras Públicas e Transportes anunciou a rescisão do contrato com a Aerocondor, decisão tomada depois do cancelamento da licença de exploração da empresa por parte do Instituto Nacional de Aviação Civil.
Ricardo Martins diz que o Governo e, particularmente, o ministro das Obras Públicas "têm a obrigação de prestar explicações públicas, designadamente por que razão ainda não foi anunciado o resultado da consulta ao mercado a que procedeu, qual o nome do novo operador que assegurará esta ligação até à conclusão do concurso e quando serão restabelecidos os voos".
É que, segundo o deputado, no decorrer de uma audiência com Mário Lino na terça-feira, o ministro garantiu que no dia seguinte, quarta-feira, "seria conhecido o operador com quem o Governo iria contratualizar por ajuste directo o restabelecimento desta ponte área assim como o dia em que isto teria lugar".
Para Ricardo Martins, o Governo "não só não monitorizou o cumprimento do contrato de concessão pública como devia, o que levou a que a região ficasse sem ligações aéreas à capital há já três semanas como, não satisfeito, continua a ser displicente na resolução deste problema".
Fonte do Ministério das Obras Públicas referiu que o nome da nova operadora deverá ser divulgado na próxima semana.
Desde o início do ano, a empresa cancelou 36 voos, de um total de 244 registados e, em 2007, foram suspensas mais de 160 ligações.
A carreira aérea é concessionada e subsidiada pelo Estado, que paga anualmente uma compensação de aproximadamente 1,5 milhões de euros, que varia conforme a taxa de ocupação

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